EUA: Afluência às urnas favorece até agora Joe Biden

  • VOA Português

A duas semanas das eleições presidenciais e legislativas americanas uma coisa é certa: A afluência às urnas deverá este ano ser um recorde.

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Afluência às urnas favorece até agora Joe Biden - 6:08

Fazendo uso da possibilidade de votarem antecipadamente pelo menos 26 milhões de eleitores já o fizeram com enormes filas em frente aos locais de voto e outros enviando votos pelo correio.

A grande afluência parece estar a beneficiar o partido Democrata e o seu candidato Joe Biden. Segundo estudos 53% dos eleitores que já votaram antecipadamente foram eleitores Democratas e 36% Republicanos.

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Claro está que à medida que se aproxima o dia oficial das eleições - e nesse mesmo dia - isso irá certamente mudar e o presidente do Comité Nacional do Partido Democrata Tom Perez avisa que não se deve para já tirar conclusões.

“Eu aviso sempre as pessoas para não cantarem vitória”, disse Perez para quem os Democratas “não aceitam que esteja tudo decidido”.

Perez que falava à cadeia de televisão CBS reconheceu que a votação antecipada tem beneficiado o seu partido fazendo notar que para além da maioria dos que já votarem serem Democratas o que é para ele é encorajador é que “350 mil dos que ja votaram não tinham votado nas duas eleições anteriores”.

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“Portanto não se trata apenas de votar antecipadamente mas sim de pessoas que não tinham anteriormente votado e isso mostra o entusiasmo por Joe Biden e Kamala Harris”, acrescentou.

O antigo governador Republicano da Nova Jérsia Chris Christie reconheceu que a campanha de Trump está em dificuldades, mas disse que tudo depende de como o Presidente fizer campanha nas próximas duas semanas.

Para Christie que falava à cadeia de televisão ABC“o presidente tem que se concentrar numa mensagem sobre a economia porque é aí que ele tem credibilidade”.

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O analista Republicano disse que Trump tem “maior possibilidade de ganhar” se se concentrar nesse aspecto.

“Portanto penso que nas ultimas duas semanas é isso que ele tem que fazer e vamos a ver se o faz”, disse.

Já Rahm Emanuel antigo chefe de gabinete de Barack Obama e antigo presidente da câmara de Chicago, falando também à cadeia de televisão ABC, disse que Joe Biden tem que concentrar a campanha sobre o que é o futuro imediato porque Trump ainda não apresentou qualquer agenda para um segundo mandato.

“Penso que depois do último debate (esta quinta-feira) que é o último obstáculo (Biden deve) apresentar um argumento sobre um futuro para este país”, disse Emanuel para quem o candidato Democrata deve concentrar-se em apresentar uma visão de “um futuro para funciona para todos e não apenas para alguns”.

Biden, disse o antigo chefe de gabinete de Barack Obama, “não se deve desviar disso”.

Na quinta-feira temos o segundo e último debate entre Trump e Biden.

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O primeiro foi marcado por constantes interrupções e troca de insultos mais ou menos graves, um debate que foi considerado por todo como tudo menos isso, ou o pior debate de sempre.

Segundo algumas notícias os estrategas republicanos querem que desta vez Donald Trump não interrompa e deixe Biden falar, à espera que sejam as suas próprias palavras que levem os eleitores a rejeitá-lo.

Karl Rove, antigo estratega eleitoral do partido Republicano e antigo conselheiro do Presidente George W Bush disse que, com efeito, os estrategas eleitorais de Trump “parecem pensar que seria do seu melhor interesse não interromper e dar ao vice presidente Biden mais tempo para tentar explicar coisas como porque é que ele não diz qual a sua opinião sobre a possibilidade de aumentar o número de juízes noTribunal Supremo”, algo que alguns Democratas sugerem como meio de se contrabalançar o número de juízes conservadores nesse tribunal.

Para Rove o debate não terá um impacto para além de alguns dias deixando de ser notícia no sábado. Para Rove será o que se vai passar depois, nos restantes dias da campanha que será importante.

As eleições são a 3 de Novembro e em jogo estão também o Senado e a Câmara dos Representantes.

As sondagens indicam que o partido Republicano corre o risco de perder o controlo do Senado onde goza neste momento de uma maioria de quatro lugares.

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