A escassez de moeda estrangeira em Angola está a tornar difícil o desempenho da indústria na província da Huíla.
As lamúrias do actual cenário económico do país provocado pela crise do preço do petróleo se reflectem nas grandes indústrias da região, situação que os industriais defendem uma intervenção urgente do estado.
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José Dias é gestor da Granisul, uma das principais empresas de exploração de rochas ornamentais, admite o risco da paralisação da fábrica.
“Estamos em risco de parar a fábrica porque não conseguimos que os bancos nos transfiram 20 mil euros para o exterior para comprar consumíveis. Eu para a semana páro a fábrica se não chegarem alguns consumíveis.”
A mesma situação se passa com aquela que é tida como a maior cerâmica da região sul.
Como consequência a Ginjeira baixou os níveis de produção. A empresa passou de vinte mil para cerca de três mil telhas diárias e reduziu para metade a produção de 80 mil tijolos.
Joaquim Ginjeira revela que a dificuldade de pagamento de novo equipamento devido a crise está na basa da situação.
“Equipamentos para a fábrica de telha são mais 4 máquinas iguais a que está a produzir neste momento, mas que ainda não embarcaram por falta de equipamento. Vamos aguentando temos algum suporte para aguentar o que não temos é suporte para pagar equipamntos por falta de divisas”.
Empresários na Huíla queixam-se da falta de divisas no mercado que está a condicionar a actividade das grandes indústrias na região.