Primeira entrevista em 13 anos destina-se a melhorar imagem abalada por recentes revelações - Xavier Figueiredo.
A entrevista que José Eduardo dos Santos deu à televisão portuguesa, SIC, não significa necessariamente uma abertura política do governo angolano, disse o director da publicação África Monitor, Xavier Figueiredo.
Foi a primeira entrevista do presidente angolano nos últimos 11 anos mas Figueiredo, cuja publicação acompanha os desenvolvimentos internos do governo angolano, disse que ela reflecte mais uma tentativa de melhorar a imagem de dos Santos no exterior do que uma abertura política ao diálogo.
“Houve um sentimento de necessidade de dar essa entrevista como forma de amortecer uma vaga que se instalou fora de Angola e que estava a obscurecer a imagem do presidente de Angola,” disse Figueiredo.
O director do África Monitor disse que a imagem de dos Santos tinha sido afectada por uma série de declarações e de “pronunciamentos públicos” feitas nos últimos meses no estrangeiro que “o atingiram especialmente a ele” mas que devido a isso “também estavam a abalar o próprio regime”.
A entrevista, disse, pode não ser mais do que “uma almofada que se destina a aumentar a capacidade de manobra do presidente e do regime para aumentarem as suas políticas internas” que têm sido “ mais rígidas no que toca ao controlo da comunicação social, á imposição de facto de algumas limitações aos direitos de reunião e de expressão”.
“Tenho dúvidas que isto seja um sinal de que estejam a abrir,” disse Xavier Figueiredo para que a entrevista “parece mais um suporte para manter estas políticas.
A última entrevista dada por Eduardo dos Santos tinha sido dada á Voz da América em 2002.
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Foi a primeira entrevista do presidente angolano nos últimos 11 anos mas Figueiredo, cuja publicação acompanha os desenvolvimentos internos do governo angolano, disse que ela reflecte mais uma tentativa de melhorar a imagem de dos Santos no exterior do que uma abertura política ao diálogo.
“Houve um sentimento de necessidade de dar essa entrevista como forma de amortecer uma vaga que se instalou fora de Angola e que estava a obscurecer a imagem do presidente de Angola,” disse Figueiredo.
O director do África Monitor disse que a imagem de dos Santos tinha sido afectada por uma série de declarações e de “pronunciamentos públicos” feitas nos últimos meses no estrangeiro que “o atingiram especialmente a ele” mas que devido a isso “também estavam a abalar o próprio regime”.
A entrevista, disse, pode não ser mais do que “uma almofada que se destina a aumentar a capacidade de manobra do presidente e do regime para aumentarem as suas políticas internas” que têm sido “ mais rígidas no que toca ao controlo da comunicação social, á imposição de facto de algumas limitações aos direitos de reunião e de expressão”.
“Tenho dúvidas que isto seja um sinal de que estejam a abrir,” disse Xavier Figueiredo para que a entrevista “parece mais um suporte para manter estas políticas.
A última entrevista dada por Eduardo dos Santos tinha sido dada á Voz da América em 2002.