Muitos eleitores angolanos continuam a queixar-se de terem sido indicados para votar em zonas longínquas das suas áreas de residência e registo.
Embora se desconheça o número exacto de eleitores afectados por estas decisões, as críticas têm vindo a aumentar à medida que se aproxima a data das eleições.
A VOA conversou com vários cidadãos residentes em Luanda que dizem ter efectuado os seus registos na capital, mas foram indicados para votarem noutras províncias.
Ana Margarida Menezes Sachicola, moradora de Luanda Centralidade do Kilamba, foi indicada para votar numa aldeia na província do Huambo.
António Joaquim Florindo Rufino, também morador de Luanda, foi indicado a votar em Benguela.
Rufino disse ter-se queixado na sede do Ministério da Administração Interna (MAT), mas sem resultado pelo que sugeriu que lhe paguem o dinheiro para se pode deslocar a Benguela no dia da votação.
“Daqui a sete dias, o que é que eu vou fazer? Eu quero votar”, afirmou.
O analista Rui Kandove disse que estes incidentes demonstram a incompetência da Comissão Nacional Eleitoral.
“É muito difícil perceber o que é que está na base dessa dispersão dos eleitores na medida que não é a primeira vez que assistimos a episódios do género,” afirmou Kandove.
Para ele, "é confrangedor ver que a CNE não consegue desempenhar o seu papel com competência”e diz ser dificíl não acreditar numa conspiração para afastar eleitores.