Eleições moçambicanas marcadas por "irregularidades" de fraude e intimidação, dizem EUA

Os Estados Unidos disseram hoje que as eleições em Moçambique foram marcadas por “alegações credíveis de fraude e intimidação significativas".

Um porta-voz do Departamento de Estado disse num comunicado que o governo americano “reconhece que os resultados foram certificados pelo Conselho Constitucional” e quer “fortalecer as relações bilaterais de longa data” entre os dois paises cooperando com o presidente Filipe Nyusi e com o povo moçambicano “na busca da estabilidade, desenvolvimento económico e aumento da prosperidade”.

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“Os Estados Unidos notam que partidos da oposição, grupos da sociedade civil e observadores eleitorais fizeram alegações credíveis de fraude e intimidação eleitoral significativa”, disse o porta-voz.

“Estas irregulariades levantam preocupações sobre o empenho de Moçambique em eleições livres e justas”, acrescentou.

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Os Estados Unidos apelam ainda a Moçambique para “resolver as preocupações graves levantadas pelas missões de observação para se reforçar o respeito pelo primado da lei e boa governação”.

O comunicado diz ainda que os próximos cinco anos deverão ser um período de transformação em Moçambique em que “o desafio é assegurar que esta transformação irá beneficiar todos os moçambicanos”.

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“Alcançar esse objectivo vai requerer a consolidação da paz alcançada em 6 de Agosto, implementar reformas para promover a transparência e assegurar que todos as partes interessadas sejam representadas e possam exercer totalmente os seus papeis na democracia em Moçambique”, diz o comunicado.

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Eleições Moçambique: Oposição não aceita resultados