Narcotraficantes Nigerianos Envolvem Cidadãos dos PALOP

Narcotraficantes Nigerianos Envolvem Cidadãos dos PALOP

Africanas presas confirmam uma realidade: mulheres de países da África têm sido recrutadas por grupos de nigerianos

Brasil, 16 Nov 2010 - O presídio feminino brasileiro, Auri Moura Costa, em Fortaleza, abriga atualmente 49 estrangeiras acusadas de tráfico internacional de drogas. Do total, 20 mulheres são africanas da Guiné Bissau, Angola e de Cabo Verde.
Na região sudeste do Brasil, em Minas Gerais, pelo menos cinco africanas, de Angola, Cabo Verde, África do Sul, Moçambique e Gana dividem o presídio feminino, Estevão Pinto. As cinco são jovens, com idades entre 20 e 40 anos.
Com o olhar perdido de quem está fora de casa, algumas presas se destacam pelo silêncio absoluto, outras pelo ar de impaciência, tristeza, revolta e dúvidas sobre o futuro.Contrariando o que dizem as autoridades brasileiras, as mulas afirmam que são enganadas, que a contratação do serviço criminoso não é feita às claras. Abordadas pela reportagem, uma das detidas da África do Sul evita dar detalhes do esquema, mas emocionada, apela para que outras africanas não caiam no mesmo erro.
Com o passar do tempo e da presença da reportagem, é possível encontrar discursos mais próximos do defendido pela polícia brasileira. Africanas presas confirmam direta ou indiretamente uma realidade: mulheres de países da África têm sido recrutadas por esses grupos de nigerianos, mas grande parte entra no esquema sabendo o que está fazendo.