Brasil,12 Dez, 2010 - Prisão, abandono, morte pelas quadrilhas ou pela intoxicação resultante da ingestão de cocaína são riscos que não inibem o trabalho das chamadas “mulas” ou “correios”, pessoas que transportam drogas do Brasil para países da África e da Europa, muitas vezes, dentro do próprio corpo.
O governo brasileiro evita falar em números de prisões envolvendo africanos dando esse tipo de suporte para o tráfico internacional no Brasil. O temor é que a revelação possa gerar mal-estar diplomático. Nas delegacias da Polícia Federal e presídios brasileiros, no entanto, não é muito difícil ter a dimensão da gravidade da situação.
A polícia brasileira defende que os transportadores de drogas estão cada vez mais profissionais. Apesar disso, as mulas ignoram os riscos que correm ao transportar drogas dentro do próprio corpo.
Amanhã, Maria Cláudia Santos vai falar-nos do presídio feminino brasileiro, Auri Moura Costa, em Fortaleza, que abriga actualmente 49 estrangeiras acusadas de tráfico internacional de drogas. Do total, 20 mulheres são africanas da Guiné-Bissau e de Cabo Verde.
Os riscos não inibem o trabalho das chamadas “mulas” ou “correios”, pessoas que transportam drogas do Brasil para países da África e da Europa, muitas vezes, dentro do próprio corpo