O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou na terça-feira, 6, a sua proposta de política militar que, segundo ele, evitará intervenções em conflitos estrangeiros e, em vez disso, focará fortemente em derrotar o Estado Islâmico.
No seu último comício na chamada “volta de agradecimento pelos Estados decisivos na sua eleição”, Trump apresentou o seu escolhido para secretário de Defesa, general James Mattis, a uma grande multidão na cidade próxima à base militar de Fort Bragg, que enviou soldados a 90 países em todo o mundo.
"Iremos parar de correr para derrubar regimes estrangeiros sobre os quais não sabemos nada, com os quais não devemos nos envolver", garantiu Trump, adiantando que “ao invés disso, nosso foco deve ser derrotar o terrorismo e destruir o Estado Islâmico, e o faremos”.
A retórica de Trump foi semelhante ao discurso que ele utilizou durante a campanha presidencial, quando criticou a guerra no Iraque.
Em Fayetteville, ele prometeu uma forte reconstrução do Exército norte-americano, o qual sugeriu ter sido enfraquecido.
Ele reiterou que, em vez de investir em guerras, gastará dinheiro para construir estradas, pontes e aeroportos.
Mesmo assim, Trump adiantou querer aumentar os gastos com o Exército.
Para ajudar a pagar pela sua reconstrução, Trump irá tentar a aprovação do congresso para elevar os limites de gastos com defesa.
"Não queremos ter um Exército exaurido por estarmos em todos os lugares combatendo em áreas nas quais não devíamos estar lutando", sublinhou o Presidente eleito.
Trump afirmou que qualquer nação que compartilhe desses objetivos será considerada parceira dos EUA.
"Nós não esquecemos. Queremos fortalecer velhas amizades e buscar novas", continuou o multimilionário, para quem a política de "invenção e caos" deve acabar.