A China apresentou um protesto diplomático neste sábado, 3 de Dezembro, após o Presidente-eleito dos EUA, Donald Trump, falar por telefone com a Presidente Tsai Ing-wen, de Taiwan, mas culpou a ilha que reivindica como sua.
O telefonema de dez minutos com a líder de Taiwan foi o primeiro de um Presidente-eleito dos EUA ou Presidente desde que Jimmy Carter mudou o reconhecimento diplomático de Taiwan para a China em 1979, reconhecendo Taiwan como parte de um país.
O Ministério das Relações Exteriores da China pediu uma cuidadosa abordagem da questão de Taiwan para evitar distúrbios desnecessários nos laços.
Horas após o telefonema de sexta-feira, o chanceler chinês Wang Yi culpou Taiwan pelo caso, não Trump. Ele notou quão rapidamente o Presidente Xi Jinping e Trump falaram por telefone após a vitória de Trump, que elogiou a China como um grande país.
O Escritório de Assuntos de Taiwan da China também chamou a conversa de um movimento "insignificante" de Taiwan que não altera o status da ilha como parte da China.
Trump disse no Twitter que recebeu ligação de Tsai para felicitá-lo pela vitória na eleição.
A China considera Taiwan uma província rebelde e nunca renunciou ao uso da força para controlá-la. As relações entre os dois lados têm piorado desde que Tsai, que chefia o Partido Progressista Democrático, foi eleita presidente em Janeiro.
Washington continua a ser o mais importante aliado político e fornecedor de armas únicas de Taiwan, apesar da falta de laços diplomáticos formais.
Trump criticou a China durante a campanha eleitoral dos EUA, e prometeu aumento de 45 por cento de impostos sobres importados chineses, além de classificar o país como manipulador do câmbio.