Os membros do antigo Executivo da Guiné-Bissau liderado por Carlos Correia e apoiantes que se encontram barricados no Palácio do Governo há 12 dias pedem a intervenção da comunidade internacional para ultrapassar o impasse em que se encontram.
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Apesar de ontem, 6, a pedido de entidades religiosas e de personalidades da sociedade civil, a Guarda Nacional ter permitido a entrada de alguns mantimentos, os cerca de 120 elementos enfrentam uma situação dificil, quando também já expirou o prazo dado pela Procuradoria-Geral da República para que abandonem o edifício.
“Sem água, sem comida e sem direito de mudar a roupa. Mesmo um criminoso e mesmo a pessoa que for condenada à cadeia perpétua tem direito a tomar banho, a mudar de roupa, a comer e beber e a ser atendido no seu estado de saúde”, disse à VOA por telefone Cadi Seide, antiga ministra da Defesa e que se encontra barricada no Palácio.
Seide considera estar em causa o respeito pelos Direitos Humanos e, por isso, apela à “comunidade internacional a assumir as suas responsabilidades, porque o respeito pelos direitos humanos é internacional, já que somos pessoas de bem e temos a nossa dignidade”.
Na sexta-feira, 3, a Procuradoria-Geral da República emitiu uma ordem a dar 48 horas para que os antigos ministros e apoiantes abandonassem o Palácio do Governo, o que ainda não aconteceu.
Desde segunda-feira, 6, a Guarda Nacional bloqueou entradas e saídas no edifício.
Entretanto, apesar de ter tomado posse na semana passda, o novo Governo liderado por Baciro Djá ainda não conseguiu assumir os seus gabinetes.