Os membros do anterior Executivo da Guiné-Bissau liderado por Carlos Correia, que se encontram barricados há 12 dias no interior do Palácio do Governo, estão sem água nem comida, depois de o secretário de Estado da Ordem Pública Marcelino Lopes Cabral ter ordenado à Guarda Nacional que impeça que as pessoas entrem e saiam do edifício.
“Quem está lá dentro não sai e quem sai não entra, foi a ordem dada” disse uma fonte da VOA, adiantando que “estão sem comida nem água”.
Depois da decisão na noite de domingo, 5, vários militantes e simpatizantes do PAIGC dirigiram-se ao local e envolveram-se em algumas escaramuças com membros da Guarda Nacional, sem consequências de maior.
Por volta da meia noite, o antigo primeiro-ministro Carlos Correia, acompanhado dos seus guarda-costas, tentou entrou no Palácio do Governo, mas foi também impedido pelo Guarda Nacional.
No sábado, o Procurador Geral da República emitiu uma ordem para que os membros do anterior Governo abandonem o local num prazo de 48 horas, que termina hoje.
Entretanto, os antigos governantes garantem que ficarão no interior do Palácio à espera da comissão criada pela Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO), no sábado, 4, para tentar encontrar uma solução para a crise política actual.
A comissão é integrada pelos presidentes da Guiné-Conacri, Senegal e Serra Leoa, mas ainda não há nenhuma data para uma eventual deslocação a Bissau.