O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, confirmou estarem em curso diligências nesse sentido
Uma delegação da Renamo tem estado em contacto com embaixadas em Maputo, pedindo protecção diplomática para o seu líder, Afonso Dhlakama, que há cerca de duas semanas se encontra em parte incerta, na sequência da tomada, pelas forças governamentais, da sua base, em Santhundjira.
O líder da Renamo não confia no Governo, aliás, nunca confiou pelo menos neste Governo. Neste momento, a saída airosa para Afonso Dhlakama, seria coloca- lo sob uma protecção diplomática, através das embaixadas.
O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, confirmou estarem em curso diligências nesse sentido, e disse que as embaixadas, “nem deviam ficar á espera do pedido da Renamo, porque o Presidente Dhlakama está muito mal”.
Segundo Mazanga, o Governo “ está a concentrar homens e material bélico na serra da Gorongosa, para matar o líder da Renamo”.
Entretanto, algumas embaixadas em Maputo contactadas pela Voz da América colocaram muitas hesitações em acolher o líder da Renamo, a menos que seja com uma comunicação do Governo moçambicano, já que isso pode ser interpretado política e diplomaticamente muito mal.
O ponto é que nenhuma chancelaria estaria interessada em entrar em choque com as autoridades moçambicanas, fundamentalmente por causa do contexto económico que Moçambique está a viver neste momento.
Mas, para Fernando Mazanga, esta seria uma das soluções, no sentido de que Afonso Dhlakama teria uma protecção diplomática que lhe possa permitir fazer uma comunicação com o Governo e ter garantias políticas.
Para o analista Calton Cadeado, no caso de esta iniciativa não resultar, existe uma outra saída para o líder da Renamo.
“A outra saída seria deixar o líder da Renamo onde está mas não se fazer uma perseguição politica nem militar, de modo a que se abra o canal de comunicação. Mas para isso é necessário dar garantias muito fortes, não só do lado do Governo mas também de outras fontes.”
O Governo, na voz do ministro da Agricultura, José Pacheco, que tem chefiado a delegação governamental ao diálogo com a Renamo, diz que Afonso Dhlakama não corre nenhum perigo de vida e que o assalto a Santhundjira não visava a sua eliminação física.
Ramos Miguel,VOA-Maputo
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O porta-voz da Renamo, Fernando Mazanga, confirmou estarem em curso diligências nesse sentido, e disse que as embaixadas, “nem deviam ficar á espera do pedido da Renamo, porque o Presidente Dhlakama está muito mal”.
Segundo Mazanga, o Governo “ está a concentrar homens e material bélico na serra da Gorongosa, para matar o líder da Renamo”.
Entretanto, algumas embaixadas em Maputo contactadas pela Voz da América colocaram muitas hesitações em acolher o líder da Renamo, a menos que seja com uma comunicação do Governo moçambicano, já que isso pode ser interpretado política e diplomaticamente muito mal.
O ponto é que nenhuma chancelaria estaria interessada em entrar em choque com as autoridades moçambicanas, fundamentalmente por causa do contexto económico que Moçambique está a viver neste momento.
Mas, para Fernando Mazanga, esta seria uma das soluções, no sentido de que Afonso Dhlakama teria uma protecção diplomática que lhe possa permitir fazer uma comunicação com o Governo e ter garantias políticas.
Para o analista Calton Cadeado, no caso de esta iniciativa não resultar, existe uma outra saída para o líder da Renamo.
“A outra saída seria deixar o líder da Renamo onde está mas não se fazer uma perseguição politica nem militar, de modo a que se abra o canal de comunicação. Mas para isso é necessário dar garantias muito fortes, não só do lado do Governo mas também de outras fontes.”
O Governo, na voz do ministro da Agricultura, José Pacheco, que tem chefiado a delegação governamental ao diálogo com a Renamo, diz que Afonso Dhlakama não corre nenhum perigo de vida e que o assalto a Santhundjira não visava a sua eliminação física.
Ramos Miguel,VOA-Maputo