NAMPULA (29 OUTUBRO 2013) —
Em Moçambique, forte tiroteio opôs guerrilheiros da RENAMO às tropas governamentais, deixando desabitada a localidade de Karamaja Napome, a 30 quilómetros da cidade de Nampula.
A população refugiou-se em Nampula, logo depois que se apercebeu do confronto entre os homens da Renamo e as forças governamentais, chefiadas pela Força de Intervenção Rápida.
Segundo soube a VOA junto de fontes credíveis, até ao momento não há registo de mortes ou feridos, mas a movimentação de tropas governamentais para aquele distrito continua, tal como, continua a fuga de populares para lugares seguros, como Nampula.
Aqui na capital provincial, mais concretamente na zona de FAINA, onde chegam e partem carros de Karamaja Napome, o ambiente é de pânico generalizado. Populares chegam em carros abertos, trazendo apenas utensílios básicos. Enquanto uns choram, outros mantêm-se em silêncio, mas em estado de choque. O medo com quem conversamos é generalizado. “A situação é grave. As tropas da RENAMO estão lá. Vieram também as tropas da Frelimo e de manhã, começaram a disparar. Nós fugimos para cá”, disse Sarajabo Cintura, visivelmente aterrorizado. Ele e a sua família faziam-se acompanhar de pouca rouba, panelas e alguma comida. Evaristo Silva, um ancião disse em língua local emakua: “hoje voltei a ouvir o soar de um morteiro e bazooka. Estamos em guerra. A guerra já começou”.
A polícia em Nampula não confirmou o incidente, mas o seu porta-voz, Miguel Bartolomeu em conversa com a VOA, disse que a polícia está atrás dos guerrilheiros que abandonaram no fim-de-semana a cidade de Nampula para lugares incertos. “Há um trabalho que a polícia está a fazer para localizar os ex-guerilheiros da RENAMO que fugiram da cidade de Nampula. Provavelmente é lá em Karamaja, onde a polícia está a trabalhar para localizar esses homens”, disse Bartolomeu.
No fim-de-semana, os guardas pessoais de Afonso Dhalakama que continuavam a guarnecer a sua residência na rua das flores, foram transportados em 4 viaturas para lugares desconhecidos pela polícia. E, segundo o porta-voz da polícia, a corporação trabalha para localizar este grupo de ex-guerilheiros. Recorde-se que em Cakaramja Napome, fica localizada uma das antigas e fortes base da Renamo, nas chamadas matas de Navivene. Aliás, aquando do início da tensão politica militar em Moçambique, há sensivelmente dois anos, a imprensa noticiou que a RENAMO estava naquela sua antiga base a treinar os seus homens.
Para além da base de Navivene, outras bases perigosas da Renamo na província de Nampula, localizam-se em Namilace em Murrupula, Naminge em Mogincual, Nakira em Meconta Nantikwa em Muecate. Está última base é a mais perigosa, uma vez que continua a ser habitada pura e exclusivamente por ex-guerrilheiros, mesmo com o fim do conflito armado, há sensivelmente 21 anos.
Minutos antes do envio desta crónica, a Voz da América sabe que o delegado da Renamo na Cidade de Nampula foi detido pela polícia. No entanto, o porta-voz da polícia, Miguel Bartolomeu, justificou a detenção como sendo um simples processo de investigação do paradeiro dos ex-guerrilheiros que sumiram da cidade de Nampula, no último fim-de-semana.
A população refugiou-se em Nampula, logo depois que se apercebeu do confronto entre os homens da Renamo e as forças governamentais, chefiadas pela Força de Intervenção Rápida.
Segundo soube a VOA junto de fontes credíveis, até ao momento não há registo de mortes ou feridos, mas a movimentação de tropas governamentais para aquele distrito continua, tal como, continua a fuga de populares para lugares seguros, como Nampula.
Aqui na capital provincial, mais concretamente na zona de FAINA, onde chegam e partem carros de Karamaja Napome, o ambiente é de pânico generalizado. Populares chegam em carros abertos, trazendo apenas utensílios básicos. Enquanto uns choram, outros mantêm-se em silêncio, mas em estado de choque. O medo com quem conversamos é generalizado. “A situação é grave. As tropas da RENAMO estão lá. Vieram também as tropas da Frelimo e de manhã, começaram a disparar. Nós fugimos para cá”, disse Sarajabo Cintura, visivelmente aterrorizado. Ele e a sua família faziam-se acompanhar de pouca rouba, panelas e alguma comida. Evaristo Silva, um ancião disse em língua local emakua: “hoje voltei a ouvir o soar de um morteiro e bazooka. Estamos em guerra. A guerra já começou”.
A polícia em Nampula não confirmou o incidente, mas o seu porta-voz, Miguel Bartolomeu em conversa com a VOA, disse que a polícia está atrás dos guerrilheiros que abandonaram no fim-de-semana a cidade de Nampula para lugares incertos. “Há um trabalho que a polícia está a fazer para localizar os ex-guerilheiros da RENAMO que fugiram da cidade de Nampula. Provavelmente é lá em Karamaja, onde a polícia está a trabalhar para localizar esses homens”, disse Bartolomeu.
No fim-de-semana, os guardas pessoais de Afonso Dhalakama que continuavam a guarnecer a sua residência na rua das flores, foram transportados em 4 viaturas para lugares desconhecidos pela polícia. E, segundo o porta-voz da polícia, a corporação trabalha para localizar este grupo de ex-guerilheiros. Recorde-se que em Cakaramja Napome, fica localizada uma das antigas e fortes base da Renamo, nas chamadas matas de Navivene. Aliás, aquando do início da tensão politica militar em Moçambique, há sensivelmente dois anos, a imprensa noticiou que a RENAMO estava naquela sua antiga base a treinar os seus homens.
Para além da base de Navivene, outras bases perigosas da Renamo na província de Nampula, localizam-se em Namilace em Murrupula, Naminge em Mogincual, Nakira em Meconta Nantikwa em Muecate. Está última base é a mais perigosa, uma vez que continua a ser habitada pura e exclusivamente por ex-guerrilheiros, mesmo com o fim do conflito armado, há sensivelmente 21 anos.
Minutos antes do envio desta crónica, a Voz da América sabe que o delegado da Renamo na Cidade de Nampula foi detido pela polícia. No entanto, o porta-voz da polícia, Miguel Bartolomeu, justificou a detenção como sendo um simples processo de investigação do paradeiro dos ex-guerrilheiros que sumiram da cidade de Nampula, no último fim-de-semana.