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Moçambique: Vaga de raptos intensifica-se na capital


Dos casos registados nas últimas semanas há registo de menores de idade.

A cidade do Maputo viveu nesta quinta-feira o dia mais negro no que diz respeito a onda de raptos que há cerca de dois anos vem assolando a capital moçambicana, em particular. Foram quatro casos notificados, em apenas 24 horas, alguns dos quais, tiveram lugar à luz do dia.
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Com os casos de ontem, sobe para cinco o número de casos registados nesta semana, o que faz com que alguns sectores da sociedade, considerem que, a cidade do Maputo esteja agora mais vulnerável a insegurança, uma vez que toda a acção das Forças de Defesa e Segurança está agora concentrada na província de Sofala.

Dos casos registados nas últimas semanas há registo de menores de idade, o que extrema as preocupações da representação do UNICEF, o Fundo das Nações Unidas para a Infância em Moçambique.

Neste momento, tudo indica que as vítimas são escolhidas de forma selectiva. Todas as que já caíram nas malhas dos raptores, tem de comum o facto de serem economicamente abastadas e serem provenientes de famílias nestas condições, contudo, o medo já começa atingir a generalidade dos moçambicanos.

Enquanto se espera por acções concretas das autoridades policiais, estas continuam a se mostrar incapazes de travar o fenómeno dos raptos e pedem aos cidadãos, para que sejam mais proactivas.

De recordar que foi precisamente no mês de Outubro do ano passado, que a comunidade islâmica de Moçambique, até então, o alvo preferencial dos raptores, reuniu-se de emergência com o Presidente da República, Armando Guebuza, para exigir respostas adequadas para conter a situação.

Na ocasião, Guebuza, deixou ficar promessas de que tudo seria feito para que combater este novo tipo de crime, mas até ao momento, apenas três grupos estão em julgamento e a onda de raptos, continua a aumentar.
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