O presidente da Renamo admitiu anunciar uma trégua definitiva a partir do dia 5 de Maio se houver um consenso com o Governo, com garantias de segurança.
Afonso Dhlakama disse que "a guerra está no fim" numa teleconferência com jornalistas na cidade de Chimoio, na província de Manica.
"Voltaremos a abraçar nossas famílias, circular pelas estradas, visitar nossos familiares e trabalhar para produzir. Isso é que nós desejamos", garantiu Afonso Dhlakama, adiantando ter "mantido contactos com o meu irmão Filipe Nyusi".
Esses contactos, continuou Dhlakama, são "para ver se encontramos uma saída para a paz efectiva porque não queremos ver mais sangue".
O presidente da Renamo reiterou que só voltará à vida política activa se houver garantias de segurança.
"Caso contrário continuarei aqui nas matas de Gorongosa para onde me refugiei e me encontro bem de saúde", acrescentou.
Dhlakama afirmou que o partido vai preparar-se para as eleições e que o objectivo é ganhar.
"Vamos concorrer e prometemos ganhar porque o povo está connosco. Queremos governar democraticamente este país", concluiu o presidente da Renamo.
O anúncio de Dhalakama acontece días depois de a governadora de Sofala, Helena Taipo, ter pedido ao pai do presidente da Renamo, o régulo Mangude, para interceder junto do filho para que declare o fim da guerra.
Na altura, o régulo Mangude disse que não sabia se poderia ajudar.