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Pai de Dhlakama não sabe se pode ajudar na pacificação do país


Governadora de Sofala Helena Taipo e régulo Mangude, pai de Afonso Dhlakama
Governadora de Sofala Helena Taipo e régulo Mangude, pai de Afonso Dhlakama

Régulo Mangude foi visitado pelo governadora de Sofala que lhe pediu para intervir junto do líder da Renamo

O régulo Mangunde, pai do líder da Renamo Afonso Dhlakama, não garantiu que poderá intervir junto do filho para proclamar o fim do conflito político-militar.

O pedido foi feito no fim-de-semana pela governadora de Sofala, Helena Taipo, em visita à casa do régulo Mangunde, um histórico povoado no interior do distrito de Chibabava, na província moçambicana de Sofala.

Mangunde disse que se surpreendeu pela positiva com a visita da governante, mas não prometeu nada, salientando que também está engajado no bem estar da população, para a livre circulação.

“Eles (Governo e Renamo) se encontravam e negociavam tudo, e eu estou contente, mas ainda receoso porque as conversações não estão terminadas. Eu regressei do esconderijo,por causa do medo ao saber que estava normalizado, e fui informado para apaziguar o medo da população do meu regulado” disse.

O pai de Dhlakama afirmou sentir-se honrado com a visita, mas ao mesmo tempo preocupado sobre a reais intenções da vinda dos governantes porque “se calhar vieram para certificar se sou eu o régulo Mangunde mesmo, assim estou com medo aqui”.

A governadora Helena Taipo pediu para que o régulo Mangunde transmita a mensagem de paz à população, fruto das actuais negociações de pacificação do país entre o Governo e a Renamo, ao mesmo tempo pediu que haja um compromisso de desenvolvimento da província.

“Eu sei que o régulo Mangunde não estava a viver aqui por causa do conflito armado, mas quero tranquilizar Mangunde, que sob orientação do Presidente todos os régulos terão o mesmo tratamento, por isso fique à vontade aqui no seu regulado”, declarou Helena Taipo, que aproveitou a ocasião para pedir conselhos de governação ao pai de Dhlakama.

Em novembro de 2013, as tropas mistas do exército e da Força de Intervenção Rápida (actual UIR), fracassaram um plano de captura do pai do líder da Renamo na sua residência em Mangunde, tendo revirado todas as palhotas e espalhado mantas e roupas no quintal.

A 7 de Novembro de 2013, um camião blindado dirigiu-se à casa do pai do líder da Renamo em Mangude, a cerca de 45 quilómetros a nordeste de Muxúnguè, no meio do conflito armado, tendo o grupo cruzado com o régulo quando era evacuado, mas sem o reconhecer, o que fez o escapar das autoridades.

Entretanto, nesta visita, o Governo não fez um pedido de desculpas ao régulo pela “caça”.

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