Milhares de pessoas precisam de ajuda na Huíla

Apesar da chuva, a seca permanece no Sul de Angola

Apesar de terminado o período tido como de crítico, ainda milhares de famílias são vítimas da seca e continuam a clamar por ajudas na província angolana da Huíla.

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Milhares de pessoas ainda necessitam de ajuda na Huíla - 2:06

Os municípios dos Gambos, Chibia, Quipungo, Matala e Quilengues são as regiões que concentram o maior número de famílias carentes sendo os Gambos a zona mais afetada de todas.

A Comissão Provincial de Combate à Seca contabiliza nesta altura cerca de 200 mil pessoas afetadas pelo fenómeno, depois de mais de 50 mil já foram retiradas da situação de vulnerabilidade, segundo Mariana Soma, da comissão.

A responsável que reiterou o apelo do Governo para a continuidade das ajudas para acudir a fome fez saber que estas devem se mantiver pelo menos até Fevereiro de 2020.

“Nós ainda temos três longos meses pela frente. Ainda temos muita necessidade em bens alimentares e todos aqueles que eventualmente querem fazer a sua doação estamos de mãos abertas principalmente para os municípios do sul, Chibia, Gambos o sul da Matala, onde as chuvas normalmente tardam a chegar ainda temos necessidade pelo até ao mês de Janeiro e Fevereiro”, disse.

Entretanto, nas comunas de Impulo e Dindi, no município de Quilengues, onde a Igreja Evangélica Congregacional em Angola, (IECA), desenvolve um projecto sobre as alterações climáticas e vida sustentável, deram-se início aos primeiros ensaios para medir a capacidade de bombeamento de água dos furos ali construídos.

Mais de 2.000 famílias devem beneficiar do projecto.

O pastor Frederico Lourenço revela que a escassez de água nas comunidades rurais preocupa.

“Um dos objectivos é aumentar a diversificação das culturas com ênfase para a horticultura em todas as famílias com terrenos nas baixas nas comunas. Também melhorar o acesso a água quer para o gado quer para as pessoas nas áreas mais críticas nessas duas comunas”, afirmou

O projecto sobre as alterações climáticas e vida sustentável para mitigar o impacto da seca na Huíla conta com o apoio da igreja da noruega com um orçamento avaliado em perto de 190 mil dólares norte-americanos.