O Governo angolano tomou as medidas necessárias para fazer face ao flagelo anual da seca, disse em Nova Iorque o representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Henrik Larsen, em Angola
Larsen acrescentou que Angola tem todas as condições para se juntar a países de vanguarda na luta contra as mudanças climáticas.
Numa declaração emitida em Nova Iorque durante a cimeira sobre o clima, na segunda-feira, 23, Henrik Larsen revelou que “Angola já atingiu impresssionantes 50% de energia renovável devido em grande parte aos aumentos massivos na capacidade de energia hidroélectrica”.
Contudo, continuou o representante do PNUD, há três áreas em que Angola pode avançar, nomeadamente o uso da energia solar, mais eficiência no uso da energia e redução na perda de florestas.
Privados interessados
No que diz respeito à energia solar, Larsen afirmou que “não há escassez no mundo de sector privado (interessado) em investimentos em energia renovável”.
Nesse sentido, “uma das rotas mais rápidas para Angola seria resolver os desafios no quadro institucional e legal que actualmente limitam o sector privado de investir em energias renováveis em Angola”, continuou Larsen.
"O PNUD e nossos parceiros estão prontos para ajudar nesse esforço”, acrescentou aquele responsável, reiterando que, em termos de “eficiência energética”, Angola deveria “definir padrões de eficiência para novos prédios e aparelhos eléctricos”.
Gestão das florestas
Para Larson “um passo lógico “ seria começar a introduzir veículos electricos, a começar com o transporte público, “como autocarros e candongueiros”.
O representante do PNUD em Luanda recomendou o Executivo a “gerir florestas e terras de maneira diferente” e, em especial, a produzir carvão vegetal de “maneira sustentável”.
“Angola mostrou as melhores práticas internacionais, estabelecendo as melhores práticas inernacionais, as medidas necessárias para criar resiliência e evitar que todos os anos as pessoas no Sul sejam afectadas pela seca", destacou Henrik Larsen, quem classificou de excelente o quadro de Resiliência de Angola e disse esperar que os projectos "antes do final deste ano, tenham sido aprovados e totalmente financiados”,