A sessão da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau que devia debater e votar o Programa do Governo foi suspensa devido a distúrbios provocados por vários deputados.
Antes mesmo do início formal da sessão, e quando a mesa procedia à chamada dos deputados, vários parlamentares interromperam a leitura no momento em que eram citados os novos deputados do PAIGC que substituem os 15 expulsos na Ssexta-feira.
Os deputados do partido no poder que perderam os mandatos ocuparam os seus lugares, enquanto gritavam palavras de ordem contra o Presidente.
Os parlamentares do principal partido da oposição, o PRS, também protestaram contra a mesa da ANP:
Frente aos gritos e palmadas nas mesas dos deputados, o presidente do Parlamento Cipriano Cassamá interrompeu a sessão alegando falta de condições de trabalho.
Por agora, não há qualquer indicação sobre a retomada dos trabalhos.
Na sexta-feira, a Comissão Permanente da ANP retirou o mandato aos 15 deputados expulsos do PAIGC a pedido do partido liderado por Domingos Simões Pereira.
O Governo continua sem ter o seu Programa aprovado depois de não ter conseguido os 52 votos necessários à sua aprovação a 23 de Dezembro.
Quinze dos seus deputados e o PRS abstiveram-se.
Caso o Programa do Executivo de Carlos Correia não for aprovado, o Presidente da República terá de pedir ao segundo partido mais votado, o PRS, que forme Governo ou anunciar eleições antecipadas.