A Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, debateu, ontem, com o presidente Faure Gnassingbe, do Togo, a deterioração da situação de segurança na Síria e os ataques terroristas na Nigéria. O Togo ocupa, neste momento, um lugar no Conselho de Segurança da ONU.
A secretária de Estado Clinton teve uma recepção garrida ao chegar ao palácio Presidencial de Lomé, onde esteve reunida, durante cerca de uma hora, com o presidente do Togo.
Um destacado elemento do Departamento de Estado adiantou que Clinton e o presidente Gnassingbe debateram vários temas que estão a ser analisados ao nível do Conselho de Segurança, entre os quais a situação na Síria, no Sudão e na República Democrática do Congo.
Sobre a Síria, a Secretária de Estado apoiou os esforços da Liga Árabe para pôr fim aos ataques do governo contra a oposição.
O presidente do Togo disse estar “desconfortável” com o que se está a passar na Síria.
O líder togolês reafirmou o seu apoio à realização de negociações directas entre Israel e os palestinianos, tendo-se abstido da votação na UNESCO, que deu aos palestinianos um estatuto de membro de pleno direito naquela organização educativa, científica e cultural.
Dada a anterior situação de isolamento em relação à comunidade internacional, durante o mandato de Gnassingbe Eyadema, pai do actual presidente, muitas questões de âmbito internacionais são novas para esta pequena nação oeste-africana.
O actual presidente Gnassingbe disse à Secretária Clinton que o isolamento do Togo chegou ao fim e que o seu país está desejoso de desempenhar um papel mais destacado no âmbito da União Africana e da CEDEAO.
O presidente togolês considera que a visita de Hillary Clinton – a primeira desde sempre efectuada por um Secretário de Estado americano – dá ao seu país confiança de que está agora no caminho certo.
Clinto e o presidente togolês debateram a preocupação comum relativamente aos ataques lançados pelos fundamentalistas muçulmanos do grupo Boko Haram, que tem estado a atacar cristãos e forças de segurança, no Norte da Nigéria.
A ameaça do Boko Haram à estabilidade regional fez também parte das conversações que Hillary mantivera, horas antes, com o presidente Alassane Ouattara, da Costa do Marfim, que está também a assumir uma acção mais activa no âmbito da CEDEAO.
No Togo, a Secretária de Estado americana encorajou o presidente Gnassingbe a continuar a cooperar com a oposição, no que toca às reformas legislativas, no combate à corrupção e ao tráfico de drogas, para além de facilitar o investimento estrangeiro no seu país.