Por João Marcos
Lobito - Pelo menos 60 pessoas morreram na sequência de fortes chuvadas deixando as autoridades em dificuldades para colocar os mortos nas morgues.
Há também um considerável número de desaparecidos, conforme informou o Serviços de Bombeiros e Protecção Civil.
Cadáveres foram arrastados pelas águas das zonas altas da cidade para as zonas baixas.
Your browser doesn’t support HTML5
As chuvadas deixaram zonas inundadas, infra-estruturas parcialmente quebradas e muito lixo na via pública.
Sem capacidade de resposta, a morgue do Hospital foi transladando corpos para Catumbela e Benguela, perante a manifestação de dor dos familiares das vítimas.
Foi pouco antes da meia-noite, que surgiram os primeiros sinais da tragédia, a maior dos últimos anos.
No rescaldo de uma operação de buscas que envolveu a vizinhança, o soba do Wacango, um dos bairros da zona alta, informou que até às primeiras horas tinham sido recuperados quase cerca de trinta corpos.
Paulo Penda, refere que as pessoas foram arrastadas das chamadas zonas de risco para a parte baixa da cidade, tendo sido encontradas nas imediações de escolas e de um super mercado.
Várias pessoas, visivelmente agastadas criticaram o que disseram ser a passividade dos bombeiros.
Na casa mortuária do Hospital do Lobito, foi notória a preocupação de funcionários sem condições de tratar vários cadáveres. O mais agravante, diz o chefe da secção municipal de saúde, Zeferino Joaquim, é que o número pode aumentar a qualquer momento.
O Governo de Benguela endereçou já uma mensagem de condolências às famílias enlutadas e prometeu apoio material para as exéquias fúnebres.