O Tribunal da Relação de Barlavento, em Cabo Verde, decidiu pela extradição do colombiano , Álex Saab, para os Estados Unidos, onde vai ser julgado por oito crimes, sendo um de “conspiração para cometer lavagem de dinheiro” e sete de “lavagem de instrumentos monetários”.
O advogado João do Rosário, um dos membros da equipa de defesa de Saab, confirmou a decisão à VOA e garantiu que a defesa vai recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça.
Veja Também Caso Álex Saab: Tribunal recusa mais um pedido de libertação do "enviado especial" da VenezuelaA decisão foi tomada na sexta-feira, 31, mas a defesa foi informada apenas ontem, 3 de agosto.
“Estamos a avaliar ainda, mas necessariamente teremos de interpor recurso dessa decisão”, afirmou Rosário que esperava que a “fundamentação fosse mais sólida porque como está feita não nos agrada”.
Para o advogado, decidiu-se assim “porque era um processo para não levar para as férias”, judiciais que começaram no dia 1.
Veja Também Caso "Álex Saab": Ministra cabo-verdiana diz que Governo não intervém e cabe à justiça decidir“Não se fundamentou corretamente a decisão que não convenceu de forma alguma” depois de a defesa, segundo Rosário, ter feito “um trabalho muito bom em matéria de fundamentação da oposição”.
A defesa tem 10 dias para recorrer e João do Rosário garante que “vamos até às últimas instâncias”.
Álex Saab, considerado enviado especial pelo Governo da Venezuela foi detido a 12 de junho em Cabo Verde a caminho do Irão, onde, segundo Caracas, iria negociar a compra de produtos e bens para o país.
Ele foi detido a pedido dos Estados Unidos que o acusam de vários crimes, como lavagem de mais de 350 milhões de dólares nos bancos americanos.
(Em atualização)
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