Preocupada com o caos nos hospitais do país, a Casa-CE questiona o que diz ser ‘’insensibilidade’’ do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, frente à ausência de um pronunciamento a declarar estado de calamidade pública.
Em Benguela, província onde os hospitais estarão a registar mais de cem mortes por dia, o secretário provincial daquela coligação afirmou que os angolanos estão a pagar por erros de má governação e desvios de fundos públicos.
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As críticas de Francisco Viena são extensivas ao governador de Benguela, Isaac dos Anjos, que, também, mantêm-se em silêncio.
“Numa altura como esta, o Sr. Presidente já teria declarado estado de calamidade pública. É um desastre humanitário, o PR, na qualidade de Chefe de Estado, devia ter feito esta declaração e também um esforço para colocar recursos na saúde’’, defende Viena.
Aquele responsável defende queo MPLA não pode estar só na decisão dos destinos de Angola porque “é um problema estrutural, a construção de Angola devia ser comparticipada por todos, só assim teríamos uma Angola de progresso social’’.
Num informe ao governador de Benguela, que um dia chegou a vaticinar uma situação como esta, o director da Saúde, Bernabé Lemos, reconhece que o seu sector está desprovido de tudo.
“Os medicamentos nas farmácias estão caros, há ruptura de anti-palúdicos nas farmácias privadas. Um quarten chega a custar 3 mil kwanzas. Estamos há dois anos sem kits, há rupturas de vacinas e de anti-tuberculose’’, denunciou o director provincial da Saúde..