Cabo Delgado: Deslocados precisam de melhores condições para o retorno às origens

Cabanas que albergam deslocados, Pemba, Cabo Delgado

O ministro moçambicano da Defesa, Cristóvão Chume, diz apesar da evolução da segurança nos distritos afectados pelo terrorismo em Cabo Delgado, o numero de deslocados que regressam às suas zonas de origem é muito baixo, devido à ausência de condições mínimas e termos de saúde, educação, água, saneamento e de fontes de rendimento.

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Cabo Delgado: Deslocados precisam de melhores condições para o retorno às origens

Para Chume, o Governo deve criar condições que possam mobilizar as vítimas do terrorismo às suas aldeias, dando como exemplo o caso do distrito de Muidumbe, onde após o restabelecimento dos sistemas de água e electricidade o numero de regressados triplicou em menos de 15 dias.

“Isto significa que as populações querem regressar às suas aléias, mas exigem condições básicas para poder viver, e o Governo e os seus parceiros de cooperação, têm que continuar a trabalhar nesse sentido,’’ diz Chume.

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O sociólogo João Feijó recorda que vários estudos realizados sobre a situação em Cabo Delgado já alertavam para o facto de que, a par das acções militares, é preciso também levar a cabo iniciativas de desenvolvimento, ‘’para que as pessoas se sintam mais incluídas e deixem de apoiar os grupos armados’’.

Entretanto, Arlene Momade, coordenadora da Unidade de Gestão de infraestruturas na Agencia de Desenvolvimento Integrado do Norte diz que já está em curso um programa que tem como objectivo, criar condições para que as populações vivam com dignidade.

Ela revela que a primeira fase do programa prevê a criação de 485 aldeias.

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