Blinken visita Israel em meio aos esforços de Washington para um cessar-fogo em Gaza 

  • Reuters

Palestinianos no local de um ataque aéreo israelita, no centro da Faixa de Gaza

Os responsáveis norte-americanos mostram-se otimistas quanto à conclusão do acordo, mas também advertem que ainda há trabalho a fazer.

O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deverá chegar a Israel no domingo, no âmbito da intensificação do esforço diplomático de Washington para conseguir um cessar-fogo em Gaza, que ponha fim à guerra de 10 meses entre Israel e o Hamas.

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A décima viagem do principal diplomata americano à região desde o início da guerra, em outubro do ano passado, acontece dias depois de os Estados Unidos terem apresentado propostas de aproximação que, segundo eles e os mediadores do Qatar e do Egito, permitiriam colmatar as lacunas entre as partes beligerantes.

Os responsáveis norte-americanos referem um novo otimismo quanto à conclusão do acordo, mas também advertem que ainda há trabalho a fazer.

“O que fizemos foi pegar nas lacunas que restam e colmatá-las de uma forma que pensamos ser basicamente um acordo que está agora pronto para fechar, implementar e avançar”, disse um alto funcionário da administração Biden aos jornalistas na sexta-feira, 16.

Em Israel, Blinken deverá reunir-se com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e outros altos funcionários.

Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken

As negociações estão a decorrer à sombra de uma temida escalada regional. O Irão ameaçou retaliar contra Israel após o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, a 31 de julho.

Washington tem avisado repetidamente o Irão para não avançar com qualquer ação de retaliação contra Israel. O responsável norte-americano afirmou que um tal ato poderia ter consequências “cataclísmicas”, nomeadamente para o Irão.

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Numa declaração conjunta, os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, França, Alemanha e Itália manifestaram o seu apoio às conversações de cessar-fogo em curso, instando todas as partes a evitar qualquer “ação de escalada”.