O secretário-geral da ONU, Ban-Kimoon, disse ser "crítica" a conclusão de investigações “independentes e transparentes” aos assassínios do golpe militar de 2009, que vitimou o presidente e o chefe de Estado Maior das Forças Armadas.
No seu relatório,submetido ao Conselho de Segurança, Ban Ki-moon disse ser crítico para as autoridades nacionais cumprirem cabalmente as prioridades estabelecidas na resolução do Conselho de Segurança 1949 (de 2010) e concluírem investigações independentes e transparentes aos assassínios de 2009.
A tentativa de golpe de 2009 resultou na morte do então presidente Nino Vieira e do chefe de Estado Maior das Forças Armadas, Tagme Na Waie.No referido documento,Ban Ki-moon,afirma também estar “particularmente preocupado” com o tráfico de droga na Guiné-Bissau,que exige apoio dos parceiros do país africano na monitorização e combate ao fenómeno.
O secretário-geral da ONU alerta para os “recursos limitados” de que as autoridades guineenses dispõem para combater o narcotráfico.
Segundo o mais recente relatório do gabinete anti-narcotráfico das Nações Unidas (UNODC), divulgado quinta-feira, a Guiné-Bissau e outros países da África Ocidental ainda são usados no trânsito de cocaína sul-americana com destino à Europa,embora a região tenha perdido importância nos últimos anos,importância enquanto plataforma.
O relatório do secretário-geral será discutido em Nova Iorque, na próxima terça-feira, onde estará o líder da UNIOGBIS, Joseph Mutaboba, e uma delegação ministerial guineense.
Num desenvolvimento de importância para a reforma das forças armadas guineenses, Ban Ki-moon disse que o fundo de pensões para os militares da Guiné-Bissau poderá estar operacional “nos próximos meses”,se os parceiros guineenses avançarem com doações.
Ban apela aos parceiros internacionais e autoridades nacionais para que empenhem recursos para ajudar a tornar este fundo operacional nos próximos meses”.
Um relatório do secretário-geral será discutido em Nova Iorque, na próxima terça-feira