Aguarda-se com expectativa a reacção da Comunidades Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) face ao cumprimento ou não do acordo de Conacri, por parte das autoridades da Guiné-Bissau.
A CEDEAO tinha dado 30 dias aos actores políticos nacionais para o cumprimento do referido acordo, sob pena de aplicação de sanções.
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O prazo termina amanhã e ainda não há sinais sobre a nomeação de um novo primeiro-ministro, ao abrigo do acordo de Conacri, conforme as exigências da CEDEAO e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O Presidente da República, disse, no ultimo fim-de-semana, que não vai demitir o Governo liderado por Umaro Sissoco Embaló.
Se tal acontecer, refere José Mário Vaz, terá que ser depois de uma eventual reprovação do seu programa no parlamento.
Face a aparente resistência do Chefe de Estado guineense, o jurista e analista politico, Luís Peti, considera que a CEDEAO deve tomar uma posição firme, caso contrário seria um fracasso diplomático para esta organização sub-regional africana e para toda a comunidade internacional.
“Se a CEDEAO não fizer cumprir o acordo de Conacri seria um fracasso, não só para a própria CEDEAO, como também para o resto da Comunidade Internacional”, disse Peti.
Para o docente universitário, Anselmo Mendes, um dos observadores atentos a situação política na Guiné-Bissau, “é preciso que a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental tenha mais paciência na resolução do problema”.
Esta organização, continua Peti, deverá servir de ponte entre as partes e não favorecer uma, como agora é vista por muitos.
Na opinião de Mendes, não se deve avançar agora com as medidas sugeridas pela comunidade internacionais. "Sanções, ao meu ver, não resolvem nada”.
E Peti acredita que "é possível salvar a situação, porque o presidente pode ainda, até ao fim do dia, exonerar o actual Governo”.