João Marcos
Trinta e oito camponesas estão a ser escorraçadas das suas áreas de cultivo, no perímetro agrícola da Catumbela, na sequência de um diferendo com um cidadão que diz ter adquirido o espaço.
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O suposto comprador residente em Luanda começou já a vedar a área, o que implicou a destruição de produtos como banana, batata, cana e milho, já deteriorados.
As senhoras receberam indemnizações entre 4 e7 mil Kwanzas, menos de 50 dólares americanos, por uma parcela que lhes serviu de sustento durante cerca de 40 anos.
A saída das camponesas indicia a instalação de uma fábrica, presumindo-se que à frente da iniciativa esteja um advogado, conhecido apenas por Pedro, que não parece disposto a revelar a quem comprou a parcela de terra, já lá vão dois anos.
O camponês Xavier Tchivembe, que trabalha com a sua mãe há já 30 anos, diz suspeitar que haja envolvimento de funcionários do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural
A vedação dos 200 metros de comprimento e 100 de largura, a cargo de cidadãos chineses, deu lugar a prejuízos incalculáveis.
Xavier Tchivembe refere que as camponesas estão a ser forçadas a viver de doações.
A VOA esteve na Direcção Provincial da Agricultura mas não obteve qualquer pronunciamento dos responsáveis.