Deputados parlamentares da UNITA foram atacados na província de Benguela, disse fontes do partido.
Os parlamentares Pedro Cachtiungo e Daniel Domingos Maluka asseguram que os agressores são militantes do MPLA do município da Ganda.
Quatro pessoas terão ficado feridas nos confrontos, duas delas em estado grave.
O incidente ocorreu, segundo o deputado José Pedro Cachiungo numa das comunas da Ganda em Benguela, depois de uma visita de campo do grupo composto por dois deputados.
"Um grupo bem organizado, trajados a militantes do MPLA barraram a estrada com motorizadas, o carro da polícia que ia à frente de nós parou, nós vimos a barricada também parámos, o comandante da polícia e seus homens dirigiram-se aos motoqueiros do MPLA e fizeram disparos para o ar”, disse.
“Os moços com pedras, paus e catanas gritam que a polícia não mata, ultrapassaram a barricada da polícia e partiram para cima de nós, tivemos que nos escudar e nos defender" acrescentou.
Cachiungo conta que a pancadaria entre militantes seus e do MPLA foi inevitável.
"Uns jovens da JURA que iam connosco saltaram dos carros e entre nós e a barricada que eles fizeram travou-se uma pancadaria lamentável”, disse.
“Soubemos mais tarde que quatro pessoas ficaram feridas, dois deles em estado grave", acrescentou
A direcção da UNITA assegurou que este acto de intolerância vai ser levado à justiça.
"O grupo parlamentar da UNITA vai agir judicialmente”, disse Adalberto Júnior.
“O ambiente de convivência não pode ser posto em causa por actos de bandidagem e irresponsáveis do MPLA que deve controlar os seus membros e provar que não são orientações suas porque a sociedade começa a pensar que são instruções das chefias do MPLA e do executivo", acrescentou
O responsável e deputado da UNITA Adalberto da Costa Júnior que diz já ter contabilizado desde o arranque das jornadas parlamentares da UNITA em Benguela três actos de intolerância por parte do MPLA e do seu executivo.
"O primeiro foi a proibição da publicidade das jornadas parlamentares da UNITA já pagas na rádio Morena, por parte do Comité de Benguela do MPLA, o segundo acto foi a proibição das autoridades tradicionais de participarem do programa das jornadas por parte da Administração municipal de Benguela, e o terceiro mais violento foi a agressão na Ganda aos deputados da UNITA", disse.