A polícia do Canadá continua a investigar o único suspeito do ataque a tiros a uma mesquita no Quebec que matou seis pessoas e deixou 17 feridos, dos quais cinco em estado crítico.
Alexandre Bissonnette, um universitário franco-canadense, disparou contra as pessoas que se encontravam a rezar no interior da mesquita.
A polícia revelou que ele recebeu seis acusações de assassinato premeditado e outras cinco de tentativa de assassinato.
O Departamento de Defesa Nacional do Canadá confirmou que Bissonnette foi um cadete entre 2002 e 2004 na região da cidade de Quebec e estudante da faculdade de Ciências Sociais.
Bissonnette é admirador do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da líder ultranacionalista francesa Marine Le Pen.
Rita Katz, directora da consultoria SITE, portal que monitora a actividade de extremistas na internet, diz que Bissonnette "segue” as páginas dos dois políticos no Facebook, assim como das Forças de Defesa de Israel, o que torna “improvável” uma ligação com o jihadismo.
A mesquita fica no Centro Cultural Islâmico da cidade canadense e já tinha sido alvo de ameaças.
Em Junho de 2016, uma cabeça de porco foi deixada na entrada do local, com a frase “bom apetite”, quando se sabe que muçulmanos não comem carne de porco.
Em comunicado, o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, condenou “este ataque terrorista contra muçulmanos", lamentando a “violência sem sentido”.