Uma cooperativa de camponeses ameaça abrir um processo judicial contra o governador do Huambo, Faustino Muteka por alegada expropriação ilegal de terras e despejos forçados das comunidades camponesas.
Chico da Silva, porta-voz da cooperativa Tchipandalo disse à Voz da América que a aldeia da Etunda depara-se com uma privação ilícita de lavras de camponeses desde 2009.
Os camponeses perderam terreno que garante o pasto a mais de 500 cabeças de gado do povo e foram destruídas as plantações da mandioca, milhos e outras culturas para se abrir caminho à implementação de um projecto imobiliário.
Num depoimento a comunidade de Etunda diz que o governo apropriou bens da população da Aldeia Etunda Melica obrigando cada família receber o equivalente a 100 dólares por lavra e casa. Hoje a aldeia tornou-se em fazenda agrícola.
Os camponeses acusaram as autoridades governativas de terem recorrido ao uso excessivo da força e prisões ilegais para reprimir os camponeses que protestavam contra a medida do governo.
Os conflitos, de acordo com aquele activista, começaram na altura em que Paulo Kassoma era governador do Huambo e agravaram-se na governação de Faustino Muteka.
A Voz da América tentou, sem sucesso, ouvir as autoridades governativas da província.
Terras e habitações alegadamente expropriadas para projecto imobiliàrio