Costa do Marfim: Ban Ki-moon Rejeita Ultimato de Gbagbo

Soldados senegaleses da ONU na Costa do Marfim

Secretário-geral da ONU diz que a missão da ONU "vai cumprir o seu mandato"

Dezembro 19, 2010 - Dezembro 19 2010 - O secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon rejeitou a exigência do presidente Laurent Gbagbo da Costa do Marfim para as forças de paz da ONU abandonarem o país.
Numa declaração Ban disse que a missão da ONU vai cumprir o seu mandato e vai continuar a monitorizar e a documentar as violações de direitos humanos, incitamentos ao ódio e violência ou ataques contra as forças de paz da ONU.
No Sábado Gbagbo deu ordens às forças de paz estrangeiras para abandonarem o país, acusando-as de apoiarem forças rebeldes que apoiam o seu rival Alassane Ouattara.
Ouattara é reconhecido por organizações internacionais com o vencedor das eleições presidenciais do mês passado mas Gbagbo recusa se a abandonar o poder.
As pressões internacionais sobre Gbagbo aumentaram na Sexta-feira quando o presidente francês Nicolas Sarkozy avisou que caso Gbagbo não abandonasse o poder até ao fim desta semana a União Europeia iria impor sanções.
O primeiro ministro queniano Raila Odinga disse que a União Africana deveria estar pronta a usar da força para remover Gbagbo do poder e para preservar a democracia.
A luta pelo poder fez aumentar os receios do recomeço da guerra civil no país embora ambas as partes tenham afirmado que querem evitar a guerra.
A Costa do Marfim está ainda a tentar recuperar da guerra civil de 2002 que deixou o país dividido entre territórios controlados pelo governo e por forças rebeldes.
A eleição presidencial teve como objectivo restaurar a estabilidade neste país da África ocidental.
Gbagbo governa a Costa do Marfim desde 2000.
O seu mandato terminou em 2005 mas permaneceu no poder até hoje devido ao repetido adiamento das eleições.