Coreia do Sul Poderá Responder Militarmente Contra o Norte

  • Paulo Faria

Coreia do Sul Poderá Responder Militarmente Contra o Norte

O conselheiro para a segurança do presidente da Coreia do Sul, que poderá vir a ser o próximo ministro da Defesa, afirmou que Seul está preparada para bombardear a Coreia do Norte se Pyongyang voltar a atingir o Sul com salvas de artilharia

Falando durante a audição no parlamento para a confirmação do posto ministerial, Kim Kwan-jin declarou firmemente que, se for novamente atacada, a Coreia do Sul não hesitará em garantir que não hajam mais provocações do Norte:

Kim disse que a Coreia do Sul efectuará pela certa um raide aéreo à Coreia do Norte, como uma forma de auto-preservar e eliminar completamente, com todas as suas forças, a raiz da ameaça.

Militares e políticos estão a discutir se a Coreia do Sul deve efectuar um ataque preventivo se se tornar aparente que a Coreia do Norte se prepara para atacar novamente.

Nam Sung Uk, director do Instituto sul-coreano para a Estratégia e Segurança Nacional, disse que o país espera por reunificação pacífica da península e, até agora, a preempção não tem feito parte da política nacional de Seul. Mas afirmou que chegou o tempo para mudar essa posição:

Nam disse que peritos acreditam haver provavelmente 50 por cento de probabilidades de mais provocações militares pelo Norte enquanto a única dinastia comunista do mundo prepara o filho de Kim Jong Il, Kim Jong Un, para assumir formalmente o poder.

O chefe dos serviços de inteligência da Coreia do Sul e outros funcionários governamentais disseram esta semana serem elevadas as probabilidades de novos ataques por Pyongyang.

Nam, contudo pôs de parte notícias e especulações de que a Coreia do Norte poderá estar a planear um ataque de artilharia à capital sul-coreana. Considerou tais informações de “guerra psicológica” por Pyongyang porque isso iria levar a uma resposta total pela Coreia do Sul e Estados Unidos, uma guerra que a Coreia do Norte sabe que não pode ganhar.

Outras personalidades minimizaram também a possibilidade de Seul, a quinta maior cidade do mundo, de ser atacada. Baek Seong Joo, que chefia o Centro para a Segurança e Estratégia no Instituto para Analises de Defesa da Coreia, afirmou que bombardear a capital é um tipo completamente diferente de provocação para os norte-coreanos comparados com os seus ataques à disputada fronteira marítima na costa ocidental da península:

Baek disse que os habitantes de Seul não devem ter receios porque a capital é muito melhor defendida e a Coreia do Sul responderá muito mais efectivamente do que quando a ligeiramente defendida ilhas fronteiriça foi atacada.