Militares Americanos e Japoneses em Manobras Conjuntas

  • Tomé Mbuia-João

Militares Americanos e Japoneses em Manobras Conjuntas

Os Estados Unidos enquanto terminam uma série de exercícios militares, dão inicio a mais outros no teatro militar asiático. Mas autoridades militares dos países envolvidos nos referidos exercícios militares afirmam que os mesmos não se devem à situação criada pelos ataques da artilharia norte-coreana à Coreia do Sul no dia 23 de Novembro ultimo.

Militares americanos e Japoneses preparam-se para dar início, na sexta-feira, a exercícios militares conjuntos ao largo da costa sul do Japão, perto da Península Coreana. O treino militar que leva o nome de “Keen Word”, na sigla inglesa, ou seja, espada aguda, envolve uma força conjunta de 60 navios de guerra, 400 bombardeiros e 44.000 tropas, de ambos os países.

O Major da Força Aérea, Joe Macri, da base militar americana no Japão, disse que manobras deste género têm lugar rotineiramente, todos os dois anos, mas que, desta feita, estas não estão ligadas às crescentes tensões actuais na Península Coreana:

Haverá operações navais, aéreas e terrestres, todo o espectro das actividades militares…serão realizados voos aéreos, em pequena e grande escala ,pelos bombardeiros do porta-aviões George Washington, aqui ,nestas águas…

Militares sul-coreanos estarão presentes como observadores. Os exercícios militares entre os Estados Unidos e os seus aliados asiáticos mais importantes acontecem no rescaldo do ataque da artilharia norte-coreana a uma ilha da Coreia do Sul no passado dia 23 de Novembro.

Seul, a capital da Coreia do Sul, se encontra situada a 40 quilómetros apenas ao sul da linha do armistício, a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias, ao alcance imediato da artilharia da Coreia do Norte. A imprensa japonesa fez-se eco dos exercícios militares afirmando que os mesmos estão a criar ansiedade nos meios financeiros asiáticos e sobretudo em Tóquio, a capital japonesa.

Yan Mujin, Professor de Estudos Norte-coreanos na Universidade de Seul, disse que reacções a rumores do género não o surpreendem, advertindo, ao mesmo tempo, o governo sul-coreano para se preparar a mais possíveis provocações do Norte.

Pouco antes do inicio dos exercícios, a Secretaria de Estado americana, Hillary Clinton, vai-se encontrar em Washington com os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul e do Japão.

Por sua vez, analistas na região afirmam que a beligerância norte-coreana visa em grande parte o reatamento das negociações internacionais para assegurar os carregamentos da ajuda estrangeira de que Pyongyang muito necessita.