Angola prepara-se para um novo código penal 36 anos após a independência. O projecto deste documento foi muito recentemente submetido a consulta pública ao nível do todo País e já recebeu contribuições bastantes pelo que estará a caminho da Assembleia Nacional para sua aprovação.
Entretanto a Conferência Episcopal de Angola e S.Tomé não concorda com o artigo 144, sobre a legalização do aborto na República de Angola. Depois de uma posição oficial reprovando a ideia da legalização do aborto feita por canais próprios em Luanda, o mesmo artigo 144 do projecto em causa, voltou a receber mais um não dos mais de 180 participantes no primeiro congresso Nacional das Famílias da Igreja Católica decorrido em Setembro último na Província do Huambo.
Em entrevista à voz da América o Arcebispo de Saurimo Dom José Manuel Imbamba, disse que as experiências colhidas dos Países que já há muito legalizaram o aborto são de arrependimento, uma lei como esta é um matadouro de vidas humanas e qualquer pessoa de consciência limpa seria incapaz de aceitar a sua execução num País que deve salvaguardar os valores mais sublimes da natureza da pessoa humana
O prelado critica duramente as ideologias ecléticas de alguns angolanos que só querem construir clínicas e hospitais para matar vidas de inocentes e ganharem dinheiro por prática de assassínios legalizados, uma vez que a constituição do País protege a mãe gestante contra qualquer agressão de natureza física ou psicológica.
As políticas egoísticas de evitar a super povoação do mundo e a consequente falta de recursos para alimentares a todos só têm explicações justificando a destruição propositada de alimentos sob pena de inflacionar os preços no mercado internacional em detrimento do escândalo da fome no corno da África.