Jovens manifestantes presos no dia 3 de Setembro e condenados mais tarde a penas de 45 a 90 dias de prisão, foram libertados em Luanda.
O seu advogado, David Mendes, disse que o estado será processado para indemnizar os manifestantes e o juíz que os condenou indevidamente vai ser responsabilizado.
A VOA tem um correspondente no local e em breve terá mais informações.
A libertação é consequência de um acórdão do Supremo Tribunal que anulou a sentença contra os manifestantes.
O Supremo instruiu os serviços prisionais para fazer comparecer sexta-feira nas suas instalações todos os jovens manifestantes detidos em várias cadeias.
Entretanto, o Comité de Protecção dos Jornalistas, através do seu coordenador para África, Mohamed Keita, afirmou que a ultrajante multa e sentença de prisão contra William Tonet parece ser uma retaliação política pelo aumento de perguntas críticas sobre a gestão governamental das minas de diamantes, acrescentando esperar que o Supremo Tribunal reverta a condenação após uma cuidadosa revisão das provas.
Também a Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado da Lunda anunciou juntar-se à corrente de solidariedade da opinião pública angolana a favor do jornalista William Tonet.
E numa altura em que faltam apenas algumas horas para expirar o prazo de cinco dias estabelecido pelo juiz Manuel Pereira da Silva, centenas de jovens uniram-se para recolher as pequenas contribuições dos populares, a fim de pagarem a multa de 100 mil dólares solicitada pelo Tribunal de Luanda, a favor da liberdade do jornalista e advogado William Tonet, tendo reunido até hoje cerca de 8.000 dólares.