militares e o poder politico na Guiné Bissau
Destacadas entidades do poder militar da Guiné- Bissau defenderam a subordinação dos militares ao poder político.
Isto ao mesmo tempo que o ministro da defesa lançava um aviso que novas "intrigas" entre os militares ameaçam o país.
Numa cerimónia para assinalar o aniversário do regresso de Bubu Na Tchutu ao comando da Armada guineense, o chefe de estado-maior geral das forças armadas da Guiné- Bissau, António Indjai, reafirmou a subordinação dos militares ao poder político.
Bubu Na Tchutu regressou á marinha mercê de uma revolta militar, em consequência do desentendimento entre António Indjai, então vice-Chefe de Estado-maior e Zamora Induta,então chefe de estado maior general e hoje em casa.
"Continuaremos a defender a subordinação ao poder político," disse também o proprio Bubo na Tchuto.
Á margem da cerimónia, a Voz de América ouviu o novo Ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Baciro Dja falou daquilo que devem ser as Forcas Armadas guineenses.
"É preciso que haja um entendimento no seio das forças armadas e que se assumam responsabilidades de uma missão republicana das forças armadas," disse o ministro para quem "a instabilidade" que tem existido entre os militares se deve a "algumas intrigas dentro das forças armadas".
"As intrigas fazem parte da nossa cultura," disse ainda o ministro da defesa afirmando que os assassinatos de Amilcar Cabral, Nino Vieira e Tagma na Wae tinham sido o resultado de "intrigas".
"Esta-se a criar novamente um clima de intriga entre o general António Ndjai e o almirante Bubo na Tchuto," acrescentou.
"Eu enquanto ministro penso que terei a capacidade de fazer uma pedagogia para que isso não venha a acontecer porque isso poderá criar condições que possa por novamente o país em perigo," disse o ministro da defesa.