Duas africanas e uma iemenita galardoadas com o Nóbel da Paz

As três senhoras galardoadas do Prémio Nobel da Paz 2011

Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee da Libéria partilham o prémio com Tawakkul Karman

O Prémio Nobel da Paz 2011 foi atribuído à presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, assim como a sua compatriota e activista da paz Leymah Gbowee e à iemenita Tawakkul Karman defensora dos direitos das mulheres.

No anúncio feito hoje pelo Comité Norueguês do Nobel em Oslo, foi dito que estas três mulheres estavam a ser honradas pelas suas lutas não-violentas a favor da segurança e direitos das mulheres.

O presidente do Comité do Nobel disse que esperar que o prémio possa ajudar na consciencialização acerca dos problemas das mulheres por todo o mundo.

“É esperança do Comité norueguês do Nobel que o prémio atribuído a Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee e Tawakkul Karan vai ajudar a por fim a opressão de mulheres que ainda ocorre em muitos países, e ajude a perceber o grande potencial que as mulheres representam para a democracia e paz.”

Ellen John Sirleaf presidente da Libéria, uma das três galardoadas do Prémio Nobel da Paz 2011

Ellen Johnson Sirleaf de 72 anos, foi a primeira mulher africana democraticamente eleita presidente da república em 2005. O Comité saudou os seus esforços para garantir a paz, promover o desenvolvimento económico e social e o reforço do papel da mulher na Libéria.

Leymah Gbowee a segunda liberiana galardoada do Nobel da Paz 2011 pela sua contribuição nos esforços da paz e reconciliação no seu país

Leymah Gbowee de 39 anos, também origem liberiana ajudou a por fim à guerra civil no seu país, encorajando as mulheres cristãs e muçulmanas a participar numa série de manifestações não-violentas.

Tawakul Karman jornalista e activista promotora dos direitos da mulher no Iémen, galardoada do Prémio Nobel da Paz 2011

Tawakkul Karman, 32 anos, jornalista e activista do Iémen foi premiada pelo seu papel na liderança da luta pelos direitos da mulher e pela democracia e paz no seu país, que vem sendo alvo este ano de manifestações e violências.

Os jornalistas foram ao seu encontro numa tenda no local onde durante os últimos 8 meses têm lugar os protestos contra o governo na capital Sanaa.

A laureada diz que o prémio Nobel pertence aos revolucionários pacíficos do mundo árabe e ao povo iemenita, bem como aqueles que foram mortos ou mutilados nos esforços pela paz.

As três galardoadas vão partilhar um prémio de cerca de um milhão e meio de dólares, a ser entregue em Oslo no próximo mês de Dezembro.