O presidente turco Abdullah Gul disse que a demissão de todo o comando militar do país na Sexta-feira não vai causar uma crise.
Falando a jornalista em Ankara o presidente descreveu as demissões de "extraordinárias" mas afirmou que não haverá um vácuo de poder.
O comandante da polícia militar, o general Mnecdet Ozem, foi nomeado comandante militar supremo no Sàbado.
O chefe de estado maior das forças armadas, o General Isik Kosaner e os comandantes do exército, marinha e força aérea demitiram-se numa altura em que aumentam as tensões entre o militares, seculares, e o governo de natureza islâmica.
As demissões deram se aparentemente devido a uma disputa sobre promoções no exército.
Numa reunião com dirigentes militares o primeiro ministro Tayyip Erdogan disse que iria bloquear a promoção de oficiais que ele acredita terem feito parte de uma conspiração para derrubar o seu governo.
Nos últimos meses as autoridades prenderam mais de 300 pessoas como parte de uma investigação a alegadas conspirações para destruír o governo.
Cerca de 200 oficiais no activo e na reforma, incluindo 30 generais, foram acusados de estarem envolvidos. A maior parte dos oficiais que foram acusados continuam presos.
Ao anunciar a sua demissão Kosaner disse que não pode defender os direitos dos militares que considera terem sido injustamente presos pelo que nãpo podia continuar a cumprir as suas funções.