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Dia da Mulher Africana: As batalhas e os sacrifícios


Jovem prepara funje de bombo nas tendas dos refugiados em Malanje
Jovem prepara funje de bombo nas tendas dos refugiados em Malanje

A mulher africana tem sabido enfrentar com amor e coragem uma luta gigantesca provocada por diversos desafios

O orgulho de ser africana

“Sinto-me orgulhosa de ser africana” é o título de uma música das Gingas, letra que espelha as virtudes da mulher africana.

Batalhadora e sacrificada - é desta forma que algumas mulheres africanas se auto-classificam. No dia da Mulher Africana, que se assinala este domingo, a Organização da Mulher Angolana (OMA) juntou, no Largo 1º de Maio, em Luanda, mulheres de diferentes províncias para, juntas, comemorar o seu dia.

A data foi marcada por uma feira de vestuário africano e comidas típicas do continente berço da fumbua, da kizaca e do macahimbo.

Diariamente, mais de 100 pessoas visitam a feira que abriu ao público há cinco dias. O cepticismo pela preferência dos trajes europeus ficou para trás com a venda em abundância de trajes africanos

Da província mais a Norte do país, o Zaire , a reportagem da VOA conheceu a estilista e costureira Eugénia e os seus modelos tipicamente africanos, que tem despertado os olhares dos visitantes. Aquela estilista, de nacionalidade congolesa, disse que tem percorrido todos os países até à Costa do Marfim para adquirir os panos que depois transforma em kimone, bubu e fatos sociais. O negócio parece rentável.

Porém, os expositores não ficaram apenas pelos trajes africanos. Os pratos típicos do continente também foram expostos. Aqui quem manda é a Maria Helena, da Província do Uíje, que cativa os visitantes com os seus famosos pratos.

As tendas mais concorridas são as de trajes africanos. Aqui os visitantes disputam os fatos sociais africanos. Os tecidos africanos são conhecidos pelas suas cores vivas que, para a estilista, caracterizam o dia-a-dia da mulher em África.

Desde há longos anos que a mulher africana tem sabido enfrentar com amor e coragem uma luta gigantesca provocada por diversos motivos. Lutou contra a opressão colonial, contra a fome e a miséria. Teve que se deslocar de uma terra para outra à procura de subsistência e para fugir às guerras

Chamados a juntarem-se e a reflectir sobre o Dia da Mulher Africana, os homens lamentam a preferência da juventude africana pela cultura europeia em detrimento da africana. Pedro Catanha diz que há da necessidade de se preservar e valorizar a cultura africana.

De entre os principais factores que afectaram o desenvolvimento das mulheres africanas destacam-se a exclusão social, a violência familiar e cultural, a falta de acesso à instrução, o direito de voto e de propriedade.

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