Angola diz não ter pedido prisão de Chicaia
O governo angolano desmentiu ter pedido às autoridades do Congo Kinshasa para prenderem o activista de Cabinda Agostinho Chicaia.
Chicaia, ex presidente da Associação Cívica de Cabinda Mpalabanda,
foi preso no aeroporto de Kinshasa no início da semana passada quando embarcava para o Zimbabwe para uma reunião de ambientalistas sobre a bio-diversidade.
Na altura as autoridades congolesas disseram que o seu nome constava de uma lista de nomes de pessoas a serem detidas a pedido das autoridades de Angola.
Mas agora Luanda diz não ter feito esse pedido.
O advogado David Mendes reuniu-se em Luanda com representantes dos serviços consulares do Ministério das Relações Exteriores que lhe disseram “não terem nenhum acordo nesse sentido”.
Os funcionários angolanos disseram ainda que “se houvesse algum mandato de captura pela Interpol teria que ser executado a partir de Brazaville onde Chicaia está como residente”.
David Mendes disse que representantes angolanos se vão reunir provavelmente Segunda-feira com representantes dos serviços consulares da Republica Democrática do Congo para discutirem a questão.
As autoridades angolanas disseram precisar de colher informações das autoridades congolesas sobre as razões da detenção do activista de Cabinda “para que o governo angolano possa tomar uma posição”.
Na Quarta-feira O activista de Cabinda Agostinho Chicaia adiou uma greve de fome para protestar contra a sua detenção em Kinshasa.
Chicaia tinha afirmado estar pronto a entrar em greve de fome para protestar contra a sua detenção.
O deputado da Unita por Cabinda Raul Danda disse à Voz da America que Chicaia tinha sido aconselhado por amigos e organizações não governamentais em Angola e no estrangeiro a não debilitar-se e a não entrar de greve "por enquanto".
Agostinho Chicaia foi detido no aeroporto de Kinshasa quando embarcava para Zimbabwe, para uma reunião de ambientalistas sobre a bio-diversidade.
O activista reside actualmente na Republica do Congo Brazaville onde coordena um projecto ambiental sobre a conservação da floresta do Maiombe.
Recentemente esteve em Luanda e em Cabinda onde se reuniu sem quaisquer problemas com as autoridades angolanas.