Presidente do Iémen ferido em ataque rebelde

  • Eduardo Ferro

Presidente do Iémen ferido em ataque rebelde

O líder do Iémen, Ali Abdullah Saleh, foi ferido durante um ataque contra o palácio presidencial.

O líder do Iémen, Ali Abdullah Saleh, foi ferido durante um ataque contra o palácio presidencial.

Saleh teria sido ferido sem gravidade, mas, alguns dos seus conselheiros sofreram ferimentos graves.

As últimas notícias da capital iemenita indicam que um obus atingiu uma mesquita dentro do palácio presidencial em Sana durante as orações do meio-dia.

Desconhece-se para já a identidade exacta dos atacantes mas a capital tem estado a ser palco de devastadores confrontos entre tropas governamentais e forças tribais durante as duas últimas semanas.

Para além do presidente Saleh, várias outras altas entidades sofreram ferimentos incluindo o primeiro-ministro Ali Mohammed Mujawar.

Segundo a agência France Presse o ataque matou igualmente 4 oficiais da guarda republicana.

Fontes da presidência iemenita disseram entretanto que o presidente se preparava para convocar uma conferência de imprensa para contrariar as reivindicações da oposição de que teria sido gravemente ferido ou que teria mesmo morrido no ataque de hoje.

Ao princípio do dia, forças governamentais atacaram a sede da televisão da oposição em Sana destruindo praticamente o edifício.

Os confrontos têm vindo a aumentar de intensidade em Sana nas últimas semanas opondo as tropas do governo às forças leais ao xeique Sadeq al-Ahmar, o líder da federação tribal Hashid.

As últimas notícias indicam que os confrontos na capital estão agora a alastrar a outros bairros e muitos líderes tribais estão a deslocar-se para Sana para participar nos combates.

Os confrontos em Sana começaram na semana passada quando forças pró-Saleh atacaram casas da família al-Ahmar no bairro de Hasaba .

Em Março passado, aquele clã anunciou que a confederação Hashid, a mais poderosa aliança tribal do país, tinha decidido apoiar o movimento de protesto. Contudo na altura os seus combatentes evitaram confrontos com as forças de Saleh.

A violência prossegue também em Taiz e em Zinjibar transformando um processo iniciado há 4 meses, com uma vaga de manifestações pacificas, naquilo que muitos observadores consideram como uma autêntica guerra civil.