O antigo ministro dos transportes e comunicações, António Munguambe, foi hoje conduzido á Cadeia Central de Maputo, em conexão com o caso de desvio de fundos na empresa Aeroportos de Moçambique, no valor de dois milhões de dólares americanos.
Eram cerca das 14H30 minutos, quando uma brigada da Polícia da República, composta por três elementos, chegou à residência do ex-ministro, no centro da cidade do Maputo, para capturá-lo e conduzi-lo à cadeia.
Com uma pequena pasta de mão, contendo entre outros artigos, uma bíblia sagrada, Munguambe chegava uma hora depois à Cadeia Central da Machava, nos arredores da capital moçambicana.
Segundo informações a que a Voz da América teve acesso junto de fontes próximas do processo, a captura do antigo ministro resulta do acórdão do Tribunal Supremo, datado de 19 de Maio corrente, que determinou a sua prisão, onde deverá cumprir uma pena de quatro anos, contrariamente aos 20 que havia sido sentenciado em primeira instância.
Segundo a acusação da primeira instância, Munguambe respondia pelos crimes de desvio de fundos do Estado na forma de encobridor.
O antigo ministro teria solicitado aos Aeroportos de Moçambique, uma empresa por si tutelada, um valor de 33 mil dólares para pagamento das bolsas dos seus filhos, a que não tinham direito.
Sobre António Munguambe pesava ainda o crime de desvio de bens do Estado na forma de encobridor, ao receber uma viatura adquirida pelos fundos dos aeroportos.
Juntamente com o antigo ministro, foram condenados outros quatro co-réus do processo, de entre os quais, o antigo presidente do Conselho de Administração daquela empresa pública, Diodino Cambaza, tido como o cérebro da fraude.