O vinho da Ilha do Fogo começa a ganhar fama e a sua produção está em expansão. O vinho é proveniente da localidade de Chã das Caldeiras onde se localiza o “Vulcão”, tido
como a grande referência do Fogo, e que joga um papel importante na economia local, já que se trata de um dos maiores pontos agrícolas da ilha.
Das várias culturas, destaca-se a da uva, cuja parte significativa é vendida para o consumo normal das populações e a maior parte é utilizada na produção do famoso vinho do Fogo, um produto muito consumido localmente e que começa a ganhar alguma projecção internacional sobretudo no seio das comunidades emigradas.
Rosandro Pires Monteiro é um jovem empresário responsável da Adega situada em Chã das Caldeiras. Segundo o entrevistado da VOA, antes da erupção vulcânica de 1995, foi construída uma cooperativa de agricultores locais, estrutura que recebeu um financiamento da cooperação alemã para desenvolver os seus projectos com realce para a produção do vinho, antes produzido de forma artesanal.
Com a destruição da adega e a evacuação das populações devido a entrada em acção do vulcão em Abril de 1995, os responsáveis locais arregaçaram as mangas e construíram uma nova adega. O projecto contou com o apoio de uma ONG italiana e do governo cabo-verdiano.
A partir desse período diz Rosandro Monteiro, deu-se início a uma nova largada na produção do vinho em Chã das Caldeiras. O projecto, de acordo com Monteiro, poderá vir a ser expandido às demais zonas de vocação agrícola da ilha do Fogo.
De momento, as atenções centram-se na localidade de Chã das Caldeiras, no reforço da cultura da uva e a consequente produção do vinho e na implementação do projecto de transformação de outras frutas produzidas localmente.
Ouça a reportagemn do Eugénio Teixeira
Vinho cabo verdiano vem de Chã das Caldeiras beneficiando do terreno vulcânico da zona