A primeira sessão do ano do Parlamento da União Africana - PAP - teve o início na Segunda-feira em Joanesburgo sem a presença de destacados líderes políticos do continente. O orgão parlamentar da União Africana padece assim de falta de projecção e de visibilidade.
Apesar dos seus 7 anos de existência o Parlamento Africano ainda está longe de cumprir os seus objectivos, que é o de uma assembleia continental dotada de plenos poderes legislativos.
Segundo a imprensa internacional a primeira sessão deste ano do PAP iniciou numa completa discrição, apesar da inauguração da sua sede construida pelo governo sul-africano.
Presentes ao acto estiveram poucas figuras de proa da política africana. Apenas o presidente do Parlamento do Estado de Gauteng, Lindiwe Maseko, o vice-presidente da Assembleia Nacional de Angola, João Lourenço e algumas delegações de países africanos. Muitos dos dirigentes africanos que inicialmente tinham confirmado a participação no evento acabaram por adiar a sua presença. Tal é o caso do presidente da Comissão Africana, Jean Ping que acabou por ser representado pelo seu vice-presidente, o queniano Erastus Mwencha.
Os desafios do PAP são cada vez maiores em resultado da importancia quase nula que lhe tem sido atribuido no contexto político africano e muitos analistas afirmam que a sua existência é reflexo de um continente mergulhado em problemas e crises.
É esta a nossa perspectiva de análise hoje com Carlton Cadeado docente no Instituto de Relações Internacionais de Maputo, actualmente aqui nos Estados Unidos onde prossegue está em programa de intercâmbio universitário.
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