NATO e União Europeia prometem ajudar barcos com imigrantes que deixam a Líbia

NATO e União Europeia prometem ajudar barcos com imigrantes que deixam a Líbia

Um compromisso destinado a acalmar as críticas suscitadas por uma eventual recusa de ajuda a uma embarcação em deriva por parte da Aliança Atlântica

A NATO e a União Europeia anunciaram que vão fazer o necessário para ajudar os imigrantes africanos em dificuldades durante a travessia do mar Mediterrâneo.

A NATO e a União Europeia respondem assim aos apelos das Nações Unidas no sentido de poupar a vida dos imigrantes que fogem da Líbia depois relatos de inúmeros desaparecimentos no alto mar.

Enquanto centenas de imigrantes continuam a fazer a travessia marítima entre o Norte de África e a Europa, o crescente número de mortos em naufrágios está a levantar questões sobre o drama dessas pessoas, ao mesmo tempo que procuram apurar as responsabilidades.

O jornal inglês The Guardian divulgou que sobreviventes africanos de um naufrágio ao largo da Líbia, acusaram as forças da União Europeia e da NATO de lhes ter recusado pedidos de ajuda. Ontem o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados apelou a Aliança Atlântica e a União Europeia no sentido de intervirem para salvar vidas humanas, depois de relatos de que uma embarcação com centenas de africanos terá naufragado ao largo da Itália.

Numa conferência de imprensa ontem a porta-voz da NATO Carmen Romero disse que enquanto o mandato da Aliança Atlântica for de proteger civis na líbia, a organização está também a ajudar os náufragos.

“Enquanto estiverem sob um tal mandato, embarcações sob o comando da NATO irão sempre responder aos apelos de ajuda dos barcos à deriva. Esta é a uma obrigação segundo a lei marítima, e dizer que as tripulações dos nossos barcos fizeram o contrário, é injusto e desrespeitante.”

Carmen Romero sublinhou que a NATO ajudou no mês de Março duas embarcações transportando 500 pessoas, e disse haver denúncias de que o governo líbio recentemente forçou o transbordo de imigrantes num barco que terá mais tarde naufragado.

Um porta-voz da União Europeia disse igualmente que a agência europeia de protecção fronteiriça ajudou no salvamento de náufragos na travessia entre a Líbia e Itália.

“Esse é o programa Hermes e esteve em acção esta semana na ilha italiana de Lampeduza onde foi salvo um número considerável de pessoas que tinham sido naufragadas ao largo de Lampeduza.”

Ministros da União Europeia deverão reunir-se ainda esta semana para debater o dilema da imigração africana e como lidar com esse novo êxodo humano vindo do continente africano em resultado de conflitos políticos em alguns países da região.