Um elemento destacado do partido sudanês Congresso Nacional, no poder, afirmou que o seu país estão oficialmente em estado de guerra com o Sudão do Sul.
Rabie Abdelati Obeid classificou de inaceitável a invasão ilegal do seu território quando forças do Sudão do Sul terem ocupado a disputada cidade petrolífera de Heglig.
Os comentários de Obeid ocorreram após o parlamento sudanês ter aprovado, por unanimidade, a declaração do Sudão do Sul como inimigo.
Obeid acrescentou que a República do Sudão atribuiu o mesmo estatuto ao Movimento de Libertação do Povo Sudanês, no poder no sul.
Obeid acrescentou que a nação vizinha continua a fomentar problemas ao recusar a retirada daquela localidade de fronteira.
Obeid sublinhou que a linguagem é uma linguagem de guerra, pois estão contra a paz e a estabilidade, tendo invadido intencionalmente uma área que não lhes pertence.
A violência aumentou ao longo da fronteira disputada pelos dois lados, apesar das preocupações do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o conflito entre as duas nações.
Obeid sublinha ainda que o facto de o Sudão do Sul não ter acatado o Acordo de Paz de 2005, que efectivamente tinha acabado com a guerra entre o norte e o sul.
O Sudão do Sul indicou que só irá retirar da localidade petrolífera de Heglig no caso de uma intervenção das Nações Unidas.
A União Africana, que tem mediado as conversações entre os países vizinhos, condenou a ocupação da localidade pelo Sudão do Sul.
Obeid desmente acusações de que o exército sudanês utiliza Heglig como uma base para lançar ataques contra civis desarmados.