Professores manifestam-se em Malanje

Manifestação de professores em Malanje

Docentes dos concursos de 2008 e 2010 sem colocação e outros sem salários

Professores manifestam-se

Cerca de duas centenas de professores admitidos nos concursos públicos de 2008 e 2010, sem colocações e salários em atraso, manifestaram-se hoje de manhã defronte às instalações da Direcção Provincial de Educação, Ciência e Tecnologia de Malanje.

Os funcionários públicos aceites pelo Tribunal de Constas querem ver resolvido o problema das guias de marcha e do pagamento de salários desde o enquadramento no segundo semestre do ano passado.

Fernando Afonso Lázaro reconheceu ser funcionário público, porque o nome constava da lista afixada numa das dependências da direcção provincial de educação, mas “até hoje não nos dão colocação. Os de 2010 também, concorreram têm guias em casa e, estão nos municípios mais distantes, como Marimba, onde estamos a pagar AKZ 5 mil a passagem, fazendo prova, buscando guia já estão por aí a AKZ 40 mil ou AKZ 20 mil e nunca temos dinheiro e o saco vazio nunca fica de pés”.

Professores manifestam-se junto à Direcção Provincial da Educação de Malanje

A professora Maria João Cahoji foi colocada no município de Cahombo foi a reclamação por ficar sem salário, “por isso nós estamos aqui, entregámos os documentos que eles pediram para sermos inseridas, então, nós só viemos aqui para nos colocar, nós queremos a colocação”.

O chefe de departamento de educação, Ananias Gomes garantiu recentemente que aqueles docentes não deveriam voltar a ser submetidos a um novo exame de aptidão, apenas a actualização da documentação para o ingresso directo no concurso público aberto para o presente ano.

Os manifestantes disseram que estão a ser obrigados a participarem das provas de acesso que iniciam na próxima segunda-feira em toda região de Malanje.

“Nós temos dinheiro do kilape (dívida) de 2 anos e 7 meses, não estamos a receber e, um candidato que já concorreu volta a concorrer? Mesmo no exame da escola quem aprovou repete prova? Eles não estão formados para darem informação, estão malucos porque ninguém está a dar informação exacta”.

O director da Educação, Gabriel Boaventura em contacto telefónico há instantes, referiu que o assunto é de âmbito nacional e, a nível local estava em curso alguma solução, mas “infelizmente não temos capacidade para solucionar a necessidade que existe para dar solução ao número de candidatos que existem”.

O titular da pasta do sector adiantou igualmente que está a ser feito para minimizar o problema aqui em Malanje, quando se aguardam pelas medidas que estão a ser tomadas no Ministério da Educação em Luanda.

Gabriel Boaventura confirmou que 4 representantes dos grupos de professores que aguardam por colocações e inclusão dos nomes nas folhas de salário foram convidados a manter ainda hoje, um encontro com o vice-ministro da Educação para formação e ensino técnico profissional a acerca da mesma matéria.