A crise económica que afecta os países europeus está a interferir na sobrevivência dos programas da “Casa do Gaiato” de Malanje, actualmente com 130 crianças internas.
O responsável daquela instituição de caridade que depende especialmente de pessoas generosas residentes maioritariamente em Portugal e Espanha, padre Arnaldo Joaquim, referiu-se ao facto durante a recente visita do embaixador de França a Malanje.
"Somos pobres, é uma obra pobre, de caridade, vivemos também apoiados de outros pobres, sobretudo da Europa, de pessoas de boa vontade de Portugal que é lá onde está a nossa casa central. A fundação da Casa do Gaiato é portuguesa e, então, muitos apoios de pessoas pobres e de boa vontade têm chegado até nós, mas só não basta, sabemos que a Europa agora está também com uma grande crise, esta crise que afecta todos nós, crise económica e Portugal e Espanha estão mesmo quase no fundo do poço”, reclamou o padre.
O sacerdote referiu que têm “tentado e é também vontade da igreja, nos últimos tempos a sustentabilidade da igreja local e não está de fora sendo uma obra da igreja”.
As crianças e adolescentes que frequentam a escola no centro da cidade, a nove quilómetros, são às vezes sacrificadas por ausência de meios de transporte, “para acompanhar os nossos estudantes, sobretudo a deslocação para a escola (…), temos que trazer os alunos para cá. E estamos com fortes problemas de assegurar meios para podermos trazê-los para aqui”.
A Casa do Gaiato de Malanje tem no lar da instituição em Luanda 12 gaiatos que estão a frequentar o ensino superior por falta de condições nesta província.
A obra de rapazes, para rapazes e pelos rapazes harmoniza nesta região o estudo com acções práticas nos sectores manuais, nomeadamente na carpintaria, serralharia, serração e agro-pecuária.
A crise económica que afecta os países europeus está a interferir na sobrevivência dos programas da “Casa do Gaiato” de Malanje, actualmente com 130 crianças internas.