São Tomé e Príncipe: Associação de Economistas quer maior participação nacional nos bancos comerciais

São Tomé e Príncipe: Associação de Economistas quer maior participação nacional nos bancos comerciais

A boa perfomance do mercado financeiro tem atraído dezenas de bancos estrangeiros e os economistas querem que os nacionais se beneficiem igualmente dos lucros

Em São Tomé, uma associação de economistas apelou ao governo a reservar para os nacionais um mínimo de 25 por cento do capital das empresas e bancos estrangeiros no arquipélago como forma de assegurar o surgimento de um sector privado forte e credível.

Trata-se da mais recente de uma série de 4 propostas submetidas ao executivo de Patrice Trovoada pela associação de economistas que se mostra preocupada com o acentuar da pobreza num país onde o sector privado nacional está perder terreno em relação aos investidores estrangeiros.

A Associação dos Economistas sugere ao governo que ao nível dos bancos comerciais pelo menos 25 por cento dos capitais deviam ser detidos por grupos de nacionais.

São Tomé e Príncipe que é qualificado por especialistas como um paraíso fiscal está em vias de se tornar numa potencial praça financeira ao nível da região do Golfo da Guiné. O arquipélago conta actualmente com 8 bancos e duas companhias de seguros, todos eles de capitais maioritariamente estrangeiros num universo populacional de menos de 150 mil pessoas, e onde o volume de negócios com exterior anda a volta de pouco mais de 150 milhões de Euros anuais.

O Estado santomense prepara-se ainda para acolher a implantação de dois novos bancos comerciais estrangeiros, a saber, o Banco Internacional Franco-Gabonês e o Banco Islâmico com ligações a Angola.

Teotónio Torres é presidente da mesa de Assembleia da Associação dos Economistas Santomenses e explicou a Voz da América as razões pelas quais o Estado deve salvaguardar a participação de privados nacionais nas empresas e bancos estrangeiros.

Oiça a entrevista de Teotónio Torres a entrada desta página...